Usina de Letras
Usina de Letras
162 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->ADMIRÁVEL MINHA ALTEZA -- 22/02/2002 - 01:10 ( Marcello ShytaraLira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ADMIRÁVEL MINHA ALTEZA

Estou agora me vendo
Lá estático pela própria sorte...
Ao tentar me comprar, me vendo...
Foi ela quem me arrematou... A morte!

Vejo-me chegando em absoluto torpor
Todo limpo de um vermelho vivo
Já em mãos estranhas descubro...
Terei como acompanhante a dor!

E foi a dor que me fez ser
O que tinha de ser...
Mesmo desejando não ser
Ainda assim tive que agradecer...

Adquiri a sensibilidade humana
Senti o ocre da maldade
Percebi a busca escrava da felicidade
Dessa gente travando luta desumana

Estou jogado no sepulcro
Espaço executado de um
O corpo desconjurado, cheio de sulcos...
Fui salvo quando arrastado pelo Simum!

Foi nessa face que fotografei o mundo
Receptei nele a necessidade de evolução
E sua filosofia de desviar a água do i-mundo
No alto... bem no alto, senti as nuvens em ebulição...

O processo novamente se repetindo
Para a terra retornando suas lágrimas
Até mesmo onde estéril a fertilizando...
Eliminou do próprio âmago a esgrima!


Houve-se revolução no meio
Não mais só sentiam-se...
E acabaram por descobrir
O mais puro rico veio...


Os mundos de um só mundo
Os mundos de uma só veia
As vidas de um só músculo...
Comungaram todos numa só ceia

Vi nos pratos servidos
Todos os pacotes de sete digeridos...
Colocando fim no apocalíptico
Dialeto bíblico...

Instantaneamente banido foi o medo
A gravidade não mais fez peso
E eles em suas totais levezas
Enalteceram as suas donas altezas!

Permutaram suas lentes
Quando ganharam as alturas
Nessa nova ótica eloqüente
Foram envolvidos em luz muito pura

O mundo mudou
Mudou o mundo em si
Predador, só para quem ficou...
Preso às próprias memórias que vi!

Ainda lá meu corpo eu vejo...
Agora abandonado ao vento
Mas esperem! Meu pensamento
Em rotação no próprio eixo...


O tempo não se apagando
O passado é agora um retrato
Estou ressurgindo, vejo luz...
Sou eu ganhando asas...

Enormes mãos me afagando
Comigo fazendo um trato
Vá ungir-se em eterna luz
E o amor a todos tu faças...

Shytara
24/09/00

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui